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Quem consegue secar as lágrimas
que escorrem na face diante das cenas terríveis assistidas nos
últimos dias? O mundo está se transformando em um mar de
sangue e de escuridão.
Terroristas são feitos de que? Ódio, ódio e mais
ódio. É como se nascessem de um incêncio implacável
querendo consumir e destruir tudo a sua frente, sem deixar sobrar nada,
programados com a única missão de destruir e matar. Estão
tentando transformar o mundo em um inferno espalhando pane, morte, sangue
e fogo.
Mas da mesma forma que há pessoas feitas de fogo, há pessoas
feitas de luz. São seres que vieram ao mundo para iluminar, espalhando
bondade, construindo e auxiliando outras pessoas a se reerguerem, a se
curarem, a seguirem em frente. Hoje proliferam instituições
solidárias à dor e problemas alheios. A sobrevivência
e bem estar do próximo diz respeito a todos nós. Se não,
por que razão teríamos sido criados como seres humanos se
não fossemos dotados e agíssemos como humanos, com um caráter
que além do cérebro é dotado de um coração?
Estamos no mês de Kislêv e dentro dele celebraremos Chanucá,
a Festa das Luzes. Acenderemos oito velas, uma a mais a cada dia, acrescentando
mais e mais luz. Esta é a mensagem de Chanucá. Em praças
públicas, em shopping centers, supermercados e todos os estabelecimentos
que abrem suas portas para receber nossas chanukiot: somos feitos de luzes,
para trazer mais luz, para iluminar o mundo, para a balança pender
para o bem, nossa essência nos impulsiona a iluminar o próximo
através de uma chama imortal.
Mas o que é imortal, a alma? Qual a aparência de uma alma?
Olhe para a chama de uma vela. Uma chama é brilhante, sempre saltando,
nunca está em repouso; o desejo natural de uma alma é "saltar"
até D’us, ficar livres das limitações físicas.
O pavio e a cera ancoram uma chama; um corpo físico segura a alma,
forçando-a a fazer seu trabalho, dar luz e calor. O corpo humano,
precioso e sagrado, é comparado ao Templo Sagrado.
O Báal Shem Tov, fundador do Chassidismo, sempre aconselhou contra
o ascetismo, jejuns e flagelar o corpo. É melhor, dizia ele, usar
seu corpo para fazer um ato de bondade. A bondade é contagiosa.
Quando sua alma diz ao corpo para fazer uma boa ação, tanto
a alma quanto o corpo são afetados. Finalmente, outras almas ao
nosso redor influenciam seus corpos a fazer o mesmo. Em pouco tempo, criamos
uma epidemia internacional de bondade. Esta é uma das razões
pelas quais a Menorá de Chanucá é colocada onde possa
ser vista da rua, seja no batente em frente à mezuzá, seja
perto da janela, lembrando-nos do dever de compartilhar a luz espiritual
de calor e sabedoria com o mundo que nos cerca.
Vamos continuar espalhando mais vida e esperança e acima de tudo,
continuar rezando, acreditando e agradecendo a D’us, que por mais
escuro que o mundo possa se mostrar e por mais que não entendamos
Seus caminhos são perfeitos e confiamos Nele. Cumpriremos sua Torá
e seus mandamentos com a certeza que a luz que surgirá diante de
nossos olhos, é uma luz que jamais pudemos imaginar; tão
intensa que não haverá nenhum espaço para a escuridão,
e onde o mal será banido para sempre da Terra.
Nossa dor e lágrimas são em memória daqueles que
pereceram e por suas famílias que choram e enterram seus entes
queridos. São nossa família.
Que possamos acender as velas de Chanucá multiplicando, triplicando
os locais onde costumam ser acesas, A luz de Mumbai continuará
a brilhar!
A todos nossos tão queridos shluchim espalhados no mundo todo através
das berachot do Rebe, nossos desejos são que continuem firmes como
sempre estiveram. Nosso mais profundo, sincero e eterno agradecimento
por terem acendido nossa chama e continuarem cuidando dela.
Os passos de Mashiach estão sendo ouvidos; o que precisamos é
apenas escutá-los. O plano Divino certamente está em andamento
e em sua meta final.
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