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Em todos os eventos esportivos
realizados a meta, além de vencer, é bater recordes.
Superar os limites da capacidade humana, quebrar as barreiras do tempo,
da força, da distância… é um desafio a cada
prova para que os atletas mostrem aquilo que o corpo é capaz de
fazer. Porém, não vejo nestas promoções esportivas,
verdadeiros espetáculos, nenhuma prova que mostre os “limites”
da alma. E não haverá, pois quando termina cada competição,
seja as Olimpíadas, Campeonato de Futebol ou de Fórmula
Um, nossa vida continua.
Poderíamos comparar nossa vida a uma competição onde
os atletas somos nós (apesar do peso) e nosso objetivo é
superar os limites da alma.
Como
disse um grande sábio, é mais difícil mudar um traço
do caráter que estudar a Torá inteira. Em outras palavras,
é preciso mais esforço para o refinamento do caráter
que para bater o recorde do salto em altura; é mais difícil
“derrubar” os sentimentos da inveja e do ódio que derrubar
o adversário no tapume. É mais difícil correr para
fazer o bem e a caridade que bater o recorde dos 100 metros rasos ou enterrar
a bola no gol dezenas de vezes até eliminar o adversário
em jogo de final de copa.
Em resumo, superar os limites da alma não é tarefa simples,
mas é nosso desafio diário. Aliás, foi esta a grande
vitória alcançada pelos macabeus contra os helênicos,
que cultuavam o corpo, na história de Chanucá.
A Torá nos ensina que a alma possui poderes transcendentais; como
bons atletas, devemos exercitá-los, e então acenderemos
a tocha e chegaremos lá!
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