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Quando
D’us criou o Sol, a Lua, as estrelas e os planetas, Ele os arrumou
em suas órbitas e constelações num total de doze.
Assim, o povo judeu observa doze luas novas, cada uma ligada ao começo
de um novo mês, base do calendário judaico.
Todos os meses hebraicos tem seu "mazal" (constelação
ou signo do Zodíaco). A constelação é chamada
"mazal" em hebraico (ligada à palavra "nazal"que
significa "fluir") porque através dela D’us faz
fluir de Si uma corrente constante de vida para a Terra, dando existência
para tudo que Ele criou. Em outras palavras, não é o signo
que influencia a todos, mas o Verbo de D’us, que age por meio deste
signo.
Portanto, o "mazal" de cada mês está associado
a acontecimentos da História Judaica. Por exemplo, o do mês
de Nissan (Áries), relaciona-se com o cordeiro pascal ofertado
na época de Pêssach; o de Sivan (Gêmeos) relaciona-se
com as duas Tábuas dos Dez Mandamentos, outorgadas no Sinai, em
Shavuot; o de Tishrei (Balança) representa o Dia do Julgamento
(Rosh Hashaná); e assim todos os outros meses.
O mês de Kislêv, tem o mazal "kêshet" (Sagitário),
pois durante o domínio do rei Antioco, sírios e gregos apontaram
seus arcos e flechas contra o povo judeu (e muitos outros povos fizeram
o mesmo ao longo da História). Os Macabeus lutaram e milagrosamente
venceram o inimigo, em número superior, libertaram Jerusalém
e reconsagraram o Templo Sagrado em 25 de Kislêv, quando comemoramos
Chanucá.
Os judeus sempre souberam que a verdadeira defesa é sua ligação
com D’us. Não comemoramos Chanucá com uma parada militar,
mas da maneira pela qual os Macabeus celebraram sua vitória: acendendo
a Menorá, símbolo de Torá e mitsvot. Nosso "mazal
kêshet" está ligado à confiança que depositamos
em D’us, expressa especialmente por meio de preces pela reconstrução
do Templo Sagrado que trará o início de uma nova Era, quando
não haverá mais guerras. Amplie seus conhecimentos...
- A revolta dos
Macabeus abriu um precedente na história da humanidade: nunca
antes uma nação morreu por seu deus. Esta foi a primeira
guerra religiosa e ideológica da história da civilização.
- Tudo o que sabemos
sobre a história de Chanucá é retirado dos dois
Livros dos Macabeus, encontrados numa coletânea chamada de Sêfer
Hachitsonim, que inclui outros livros que ficaram de fora da Bíblia,
mas são mencionados no Talmud.
- O nome "Macabeu",
apelido usados pelos cinco filhos de Matityáhu e aqueles que
lutaram com eles para defender o Judaísmo, deriva do acrônimo
"Mi camocha bae-lim Hashem", ou seja, "quem é
como Tu dentre os fortes, Ó D'us". Este era o seu lema!
- Não sabemos
ao certo o tamanho do exército macabeu, mas mesmo os mais otimistas
estimam que contasse com doze mil homens. Este punhado de pessoas lutou
contra uma potência militar de quarenta mil soldados, equipados
com armamentos e elefantes- os tanques da época, e... os fracos
venceram os fortes.
- A maioria das
batalhas entre macabeus e gregos ocorreu na região entre as atuais
cidades de Jerusalém e Tel Aviv, inclusive num local chamado
Modiin, situado a oeste de Jerusalém, que pode ser visitado pela
estrada Jerusalém-Tel Aviv.
- Da maneira como
conhecemos a história, pensamos que a batalha contra os gregos
foi resolvida dentro de algumas semanas. No entanto, ela durou vinte
e cinco anos! No ano 167 AEC o exército grego invadiu a cidade
de Modiin, e foi apenas no ano142 AEC, que a paz foi restabelecida.
- No terceiro ano
da batalha, os judeus reconquistaram a cidade de Jerusalém, e
então procuraram óleo para acender a Menorá do
Templo Sagrado, profanado pelos gregos. Foi então que ocorreu
o conhecido milagre de Chanucá, comemorado neste mês.
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